domingo, 21 de julho de 2013

Domingos Simões Pereira e o Desenvolvimento Económico do País

Aquando da visita à UNTG, Domingos Simões Pereira criticou a atual forma de financiamento do estado que assenta essencialmente na contração de dívidas junto aos doadores internacionais.
Falando para uma massa considerável de pessoas, Simões Pereira apontou a Agricultura, Pesca e Turismo como mecanismos da estruturação da economia Guineense. Aconselhou a população a não cair em ilusões de que a descoberta do petróleo irá resolver os problemas da economia guineense:
"Isto é errado porque os sectores da mineração são sectores de renda e tais sectores exigem tecnologias fortes, onde a maior parte das empresas são fortes, pelo que é necessário preocupar-nos ainda com a rentabilização daquilo que temos de momento" advertiu.

Comparando as Potencialidades Naturais da Guiné-Bissau com outros países, disse que o sector  de caju gera muitos postos de trabalho na Índia e que se o caju fosse transformado também na Guiné-Bissau, podia ser fonte geradora de emprego;

Disse que o sector de Turismo em Cabo verde, com apenas 9 ilhas, conta com 17% do PIB, enquanto na Guiné-Bissau com maior potencial turística, o rendimento não ultrapassa os 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) .

Quanto ao sector das pescas, DSP afirmou que durante 40 anos a única coisa que a Guiné-Bissau fez foi atribuir licenças de pesca. "Não criamos nenhuma indústria de transformação de pescados." Enquanto, países que não têm a qualidade de pescado, que nós temos, como o "Senegal, Cabo verde e Gâmbia,  por terem laboratórios de certificação da qualidade de pescado, de uma forma oficial servem-se dos nossos pescados para exportação"

Em suma, para Domingos Simões Pereira, o que está em causa não é fazer promessas, mas sim ter-se a capacidade de se criar mecanismos de certificação do pescado e a sua posterior colocação no mercado internacional.

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